sábado, 28 de novembro de 2009

Maioridade penal e garantia dos direitos juvenis em debate na 3ª Feira do Livro


A casa da Juventude na 3º edição da Feira do Livro de São Luis, promoveu nesta quinta-feira (26) a roda de dialogo: maioridade penal e a garantia dos direitos juvenis. O evento contou com a presença do Conselheiro Tutelar, Carlos Sérgio, da jovem representante da Pastoral da Juventude do Maranhão, Eunice Costa e de membros do Conselho Municipal de Juventude de São Luis.

Durante o bate-papo com os convidados, os jovens expressaram tudo àquilo que pensam sobre a maioridade penal e as políticas públicas de segurança aplicadas pelo poder público para a juventude maranhense.

Para Rômulo, jovem, morador do bairro da ilhinha e ex-usuário de drogas, tudo é uma questão de oportunidade.“Começei a usar drogas aos 13 anos, por duas vezes fui internado, foi difícil abandonar o mundo das drogas, mais quem já passou por isso sabe do que eu estou falando” e continuou, “ Os jovens que andavam junto comigo hoje tem uma certa referencia da minha pessoa, inclusive dizem que se eu consegui, eles também conseguirão. Tudo é uma questão de oportunidade, uma mão amiga, um olhar sem reprovação, sem discriminação”. enfatizou o jovem.

Eunice Costa, representante da Pastoral da Juventude fez uma retrospectiva sobre a luta das entidades organizadas de juventude, que encamparam a campanha “na luta pela vida” realizada em meados do ano passado.

A jovem ainda apresentou 10 razões para que a sociedade diga não á redução da maioridade penal e disse: “Preciso comentar, porque a desigualdade social é uma das principais causas da violência? Porque o dia-a-dia da vida dos/das adolescentes e dos/das jovens está marcado pela violência da prostituição, do crime, do tráfico de drogas e com o agravante da ausência de perspectivas de renda decente, num País que não sabe o que é crescimento econômico sustentável nos últimos 25 (vinte e cinco) anos; Porque sem a elevação urgente e necessária da escolaridade dos/das jovens empobrecidos/as, o Brasil não restabelece o diálogo com o futuro, tendo em vista que somente 01 (um) de cada 02 (dois) destes /as jovens estudam atualmente no País.

Para o Conselheiro Tutelar, Carlos Sérgio o estado prioriza a Política do endividamento, ao invés das Políticas Sociais, provocando a migração dos/das jovens para outros países, aumentando assim o desemprego e a descrença no futuro. “A juventude era vista como prioridade de nação e hoje já não está mais na pauta de muitas discussões. O que assistimos diariamente é a exportação dos sonhos de nossa juventude, ludoviscense, maranhense, de nossa juventude brasileira que está por ai ociosa e desempregada, sem oportunidade, vivendo das fantasias implementadas apenas nos rascunhos de gabinetes dos secretários e ministros deste país", disse.

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